Multiplicaram-se ontem, ao longo do dia, as mensagens de condenação e repúdio às palavras do vereador comunista, Clemente Alves.
As manifestações de indignação vieram de todos os quadrantes políticos e sociais. Apenas o PCP, BE e Também és Cascais se mantiveram em silêncio perante os desejos de morte que Clemente Alves dedicou a Carlos Carreiras.
Do Partido Socialista, houve reações das suas mais proeminentes figuras.
Luis Reis, Presidente socialista concelhio, e Fernanda Gonçalves, a também socialista Presidente da Junta de São Domingos de Rana, publicaram declarações de condenação forte.
“jamais se devem exaltar as posições para o campo pessoal e muito menos com afirmações desse tipo que resvalam para a promoção das dimensões do extremismo e do ódio”, disse Luis Reis.
"Fiquei perplexa quando hoje tive conhecimento da triste saída de um hipotético político do PCP de Cascais” considerou Fernanda Gonçalves, acrescentando, "Isso não é política, isso é ódio, falta de respeito!".
Também o CDS, pela voz de Francisco Kreye, Presidente do Partido em Cascais, repudiou a forma de estar de Clemente Alves: “Na política não vale tudo. Desejar a morte a alguém, por muito que não se concorde com suas posições, não pode ter lugar no combate político e na sociedade", disse o dirigente centrista.
Pelo lado do PSD, partido do presidente da Câmara Carlos Carreiras, reagiu Nuno Piteira Lopes, líder do PSD local que admitiu que "este tipo de comentário é moralmente abjeto, desumano e bem elucidativo da completa falta de escrúpulos do eleito do PCP em Cascais”.
A comunidade foi igualmente lesta a condenar Clemente Alves, com centenas de comentários a multiplicarem-se nas redes sociais e na própria página de Facebook do comunista.
Clemente Alves tentou dar o dito por não dito, mas o facto é que são várias as fotos que circulam em que o eleito da CDU afirma que “a morte fica-lhe (Carlos Carreiras) tão bem” e várias imagens com “gostos” do vereador a comentários sem qualificação, que desejam a morte ao Presidente de Câmara e familiares.
Em plena crise de saúde pública, este é um episódio lamentável de um politico que não conhece limites os limites da decência.