Foram pouco mais de três dezenas de pessoas que se manifestaram ontem, à porta da Centro Cultural, onde decorria a Assembleia Municipal de Cascais, contra as obras na antiga fábrica Legrand, na Quinta do Barão.
Este foi um protesto organizado pelo movimento "Quinta do Barão Resiste" - mais um movimento cívico "apadrinhado" pelo experiente manifestante Pedro Jordão. No entanto, à semelhança das manifestações anteriores, voltou a ter uma fraquíssima adesão.
Para o leitor que não está por dentro deste projecto, passamos a explicar de uma forma muito resumida o que está previsto para antiga fábrica da Legrand e quais sãos os dois reais motivos que levaram estas três dezenas de pessoas a manifestarem-se à porta da Assembleia Municipal.
O projecto que está em marcha é bastante simples: transformar a antiga fábrica Legrand, que está ao abandono, num centro empresarial com capacidade para atrair para Cascais mais de 2.000 postos de trabalho directos, distribuídos por serviços e restauração.
No entanto, apesar deste projecto vir valorizar a zona, alguns dos moradores estão contra, pois, segundo dizem, com a alteração do transito da rua (que passará a ter dois sentidos) vão passar a ter mais carros a circular à sua porta. Esta é, claro está, uma das duas razões que fizeram trinta pessoas deslocarem-se para a porta da Centro Cultural. A outra, é a de sempre: ataque politico ao Presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
Segundo os estudos de impacto, o tráfego previsto para esta zona será bastante inferior ao que existia no tempo em que a fábrica estava em actividade e haverá um acentuado aumento das zonas verdes e de lazer. Para além disso, a implementação dos dois sentidos na rua será essencial para o acesso ao novo Centro de Saúde de Carcavelos.
Fará sentido prejudicar o concelho por isto?
