Faz hoje um ano que se disputaram as últimas eleições autárquicas. Para assinalar a data fizemos uma viagem no tempo, recuando até, precisamente, ao dia 1 de Novembro de 2017. Olhando para esse dia, que consagrou, com nova maioria absoluta, Carlos Carreiras, fizemos uma comparação para os dias de hoje e concluímos que muita coisa mudou, principalmente junto dos socialistas.
Para esta corrida eleitoral apresentaram-se 7 candidaturas - o movimento Viva Cascais (PSD/CDS), o Partido Socialista, a CDU, o Bloco de Esquerda, o PAN, a coligação PRD/JPP e o PCTP/MRPP - no entanto só vamos analisar aquelas que conseguiram representação na vereação da CM de Cascais.
VIVA CASCAIS:
Não havia muitas dúvidas que Carreiras iria ganhar novamente. O trabalho apresentado durante o mandato anterior era, por grande parte da população de Cascais, visto como muito positivo. Apenas a abstenção e a concentração de votos de todos os opositores numa só candidatura, o que não aconteceu, poderiam retirar a maioria absoluta ao candidato da coligação PSD/CDS.
Nessa noite a coligação elegeu seis vereadores, e actualmente estão todos em funções executivas.
PARTIDO SOCIALISTA:
Luís Reis, líder da concelhia do PS, sabia que com a "prata da casa" seria muito complicado conseguir um bom resultado. Nesse sentido, foi obrigado procurar reforços fora do PS Cascais. Do PS Nacional, trouxe Gabriela Canavilhas, que, apesar de pouco conhecer de Cascais, poderia dar algum mediatismo à candidatura. Da sociedade cascalense, Luís Reis agrupou à candidatura o grupo de cidadãos independentes que 4 anos antes tinham brilhado nas eleições locais.
Depois dos votos contados, a lista PS conseguiu eleger quatro vereadores, sendo que só dois eram filiados no partido. Dos independentes, João Henriques optou, por discordar com as ideias do grupo, afastar-se da vereação e Isabel Guerra escolheu, pelas mesmas razões, aceitar o convite da coligação Viva Cascais e juntou-se ao executivo de Carlos Carreiras. Desta forma o PS passou de quatro para 3 vereadores. Dos actuais vereadores, apenas Luís Reis foi escolhido pela população, visto que Gabriela Canavilhas, ao contrário do que tinha prometido, "fartou-se" e abandonou Cascais e o seu lugar na CMC.
CDU:
A aposta dos comunistas voltou a recair sobre Clemente Alves. Apesar de ter um eleitorado muito fiel, restava saber se os casos espalhafatosos que envolveram o vereador comunista seriam suficientes para evitar uma nova reeleição de mandato. Foi por muito pouco que conseguiu ser reeleito.
Actualmente, continua a exercer o seu papel de oposição na CMC, sendo a voz mais contestatária das politicas do Presidente Carlos Carreiras.
