Parece uma novela o que se vive no seio dos Bombeiros da Parede, mas, infelizmente, não o é.
Para percebermos todos os contornos desta trama, convém recapitularmos tudo o que aconteceu até aqui.
Segundo a corporação dos bombeiros, a actual direcção, que tem a ex-vereadora socialista, Teresa Gago, aos comandos, executou uma manobra de “assalto” ao poder da instituição.
Segundo as acusações, que fomos dando conta, Teresa Gago terá, alegadamente, preparado um esquema fraudulento para ganhar as eleições internas. Desde datas trocadas, fichas assinadas todas com a mesma letra, fichas incompletas, desrespeito pelos estatutos, entre muitas outras irregularidades, tudo valeu.
Desde então, Teresa Gago tem contado com a oposição de grande parte da corporação, o que lhes tem valido um conjunto de retaliações, como salários em atraso, processos disciplinares, etc.
O caso ganhou na semana passada mais um triste episódio. A direcção colocou em tribunal todos os bombeiros a que a ela se opõem. Muitos são aqueles que têm sido notificados por carta registada enviada pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, e espera-se que esta semana ainda mais o sejam.
Começa a ser muito difícil aceitar que os nossos soldados da paz continuem a ser tratados desta forma tão indigna e injusta. São estes homens e mulheres, que, nos momentos de maior aflição, dão tudo o que têm por nós, cidadãos. Não aceitamos, por isso, que uma corporação, seja ela qual for, seja hostilizada por interesses partidários. A vergonha tem de ter um fim e a culpa não pode morrer solteira.
Para terminar, gostaríamos de perguntar à actual direcção dos Bombeiros, que conta com o incondicional apoio do vereador comunista, Clemente Alves, quem é que paga esta parvoíce e porque motivo, tendo a corporação toda contra si, não apresenta a demissão?