Stefanos Tsitsipas é o vencedor do Estoril Open 2019 depois de derrotar neste domingo o uruguaio Pablo Cuevas em dois sets: 6-3 e 7-6 (7-4) numa partida que durou uma hora de 43 minutos. O jovem tenista grego, primeiro cabeça de série desta edição do maior torneio de ténis em Portugal, alcançou o terceiro troféu na carreira depois de ter vencido no ano passado em Estocolmo, na Suécia, e já este ano em Marselha, França – ambos de piso duro. É o primeiro título do grego, de 20 anos, em terra batida.
O primeiro set (6-3) correu quase na perfeição para Tsitsipas, que conseguiu arrecadar todos os pontos de serviço e ainda um perdido por Cuevas no quarto jogo. O grego chegou ao 1-0 no encontro em apenas 37 minutos.
Tudo parecia tranquilo para Tsitsipas chegar à vitória logo a seguir, no segundo set, em que chegou a estar a vencer por 4-2.
Mas Pablo Cuevas reagiu no serviço seguinte e chegou à vantagem dois jogos depois. O uruguaio ainda protagonizou um dos pontos do ano e da competição depois de responder, de frente e perto da rede, a uma bola alta de Tsitsipas com um amortie efectuado com a raquete no meio das pernas.
Mas o grego não quis levar o jogo ao terceiro set e conseguiu empatar 6-6, chegando ao tie break, onde esteve a vencer por 6-1 e selou a vitória por 7-4. Tsitsipas deitou-se logo no solo do court e festejou de punhos cerrados perante mais de três mil pessoas presentes.
Stefanos Tsitsipas materializou uma semana, que o próprio anteviu no sábado, após vencer as meias-finais, única para o ténis grego e para o desporto helénico “desde a conquista do Euro 2004 em futebol”. Para além da sua conquista no Clube de Ténis do Estoril, a grega Maria Sakkari, actual número 51 no ranking WTA, venceu no sábado o Open de Rabat, em Marrocos. O jovem arrecadou o prémio monetário de 90 mil euros e vai subir ao 9.º lugar no ranking ATP, um acima daquele que tinha quando iniciou o torneio.
Muito sensibilizado por ter o seu rosto num postal de correios e feliz por conquistar o novo troféu do Estoril Open, em porcelana, Tsitsipas disse que sempre se sentiu bem em jogar em Portugal, um lugar especial. “Senti que estava a dar pontos, o Cuevas é um veterano e fiquei nervoso. A parte mental foi decisiva para vencer. Tenho de ser capaz de melhorar nesses detalhes”, disse o tenista grego que não terá tempo para festejar a vitória no Estoril, onde marcou presença pelo segundo ano consecutivo, porque irá jogar no quadro principal do Open de Madrid.
No balanço a um torneio “extremamente positivo” dentro e fora dos courts, o director João Zilhão não escondeu a satisfação com o vencedor. “O Stefanos comprovou a grande aposta do nosso torneio. Foi uma sessão difícil ao longo do ano de negociações para ele jogar nesta semana. É um jogador de futuro que se vai comprovar em vários serviços e é bom ouvir que quer voltar.”
O veterano derrotado Cuevas (n.º 62), que fez toda a campanha no quadro principal, após ter sido repescado do qualifying, irá subir 16 posições no ranking ATP e vai ultrapassar tenistas como o português João Sousa (ainda n.º 51), eliminado neste Estoril Open à segunda ronda pelo belga David Goffin, derrotado pelo vencedor Tsitsipas nas meias-finais.
Zilhão afirmou que Cuevas foi também uma revelação, que o viu “furioso” no balneário depois de ter perdido no qualifying, a par com o português João Domingues (que chegou até aos quartos-de-final) e o jovem espanhol Alejandro Fokina (eliminou Gael Monfils e foi até às “meias”).