O vereador comunista raramente é noticia por bons motivos. E, mais uma vez, volta aos jornais nacionais por mais um caso onde a sua imagem não fica bem "tratada".
Na página 10 do jornal Expresso deste fim-de-semana, é revelado um acontecimento no seio do Partido Comunista Português que em tudo envergonha a liberdade e os direitos adquiridos em 1974.
Segundo nos conta o jornal, Guilherme Antunes, antigo "braço direito" do vereador comunista, Clemente Alves, foi expulso do partido após ter feito alguns comentários de desagrado contra o a posição do PCP na manutenção de apoio à "geringonça".
Para Guilherme Antunes, o Partido devia ter optado por não apoiar o actual governo, mantendo, na sua perspectiva, o seu ideal inalterado em vez de ceder aos interesses de António Costa.
Estas criticas incomodaram, e muito, o vereador Clemente Alves, que, como é sobejamente conhecido em Cascais, tem muito pouca tolerância com quem contraria. Daí até à denuncia, à boa maneira "pidesca", Clemente Alves não perdeu muito tempo.
A acção de Clemente, é, por isso, descrita por Guilherme Antunes como vergonhosa, falsa e traiçoeira.
Com esta demonstração de força e influência dentro do Comité Central, Clemente Alves, à boa maneira de Nicolas Maduro, deu um forte sinal aos vários críticos internos no PCP de Cascais que ou estão com ele ou estão fora do Partido. A Liberdade que tanto apregoa do alto da sua "superioridade moral" como sendo um valor seu e do seu Partido é, afinal, algo que só tem importância quando lhe é favorável.
