Gabriela Canavilhas habituou-nos há muito que, com ela, o que hoje é verdade pode amanhã ser mentira, e o que ontem aconteceu pode hoje, afinal, nunca ter acontecido.
A antiga deputada socialista, que é açoreana, mas que reside em Telheiras e que foi eleita pelo Porto, prometeu, quando assumiu a candidatura à Câmara do nosso concelho, trabalhar por Cascais independentemente do resultado, mas só ficou ficou poucos meses, é a mesma pessoa que prometeu, quando deixou a Assembleia da Republica, abandonar os cargos políticos, mas, passadas poucas semana, ocupou um lugar na Câmara Municipal de Sintra. Esta semana, Canavilhas voltou a ser igual a si própria: uma antítese.
Na edição desta semana no jornal O Sol, a ex-Vereadora demarca-se de uma amizade que manteve com o seu antigo líder de governo, José Sócrates.
Compreendemos que a amizade com o antigo Primeiro Ministro socialista seja algo negativo para a popularidade de alguém, no entanto achamos que "apagar" publicamente uma amizade por mera conveniência é muito revelador da sua personalidade, ou falta dela.
Ora vejamos:
Na edição de hoje do jornal o Sol, como se pode ver no recorte da capa, Canavilhas diz que não é nem NUNCA foi amiga de José Sócrates. No entanto, como não temos memória curta, fomos recuperar um excerto de uma entrevista que deu ao Diário de Noticias a 21 de Outubro de 2017.
Em suma: em dois anos passou de amiga intima a apenas conhecida.
Não sabemos quais são os motivos que fazem com que Gabriela Canavilhas opte por fazer esta descolagem do arguido da "operação marquês".
Estará a ex-deputada, ex-vereadora e ex-ministra a preparar terreno para tentar ir prometer "trabalhar" para outra autarquia a "15 minutos" de sua casa?