A Linha de Cascais tem marcado, pelos piores motivos, a agenda mediática de Cascais e do país. Por esse motivo a Agência Lusa foi ouvir os utentes da linha. As opiniões, como era espectável, não são muito abonatórias.
"É frequente não se cumprirem horários, já não temos a certeza de que o comboio chega à hora marcada.";
"O serviço é péssimo, quer seja no horário ou nas condições do comboio. Com o calor que está torna-se impossível estar dentro do comboio.";
"As condições pioram no verão e a supressão de comboios é muito má, não deveriam tomar esta medida.";
"É uma pena porque esta linha é uma linha magnífica, os comboios já estão um pouco envelhecidos e têm que se cuidar devidamente.".Estas são algumas das frases que os utilizadores entrevistados nesta reportagem disseram à Lusa. Estas afirmações vêm exactamente ao encontro com o que o Cascais em Reflexão tem descrito, e comprovam o que todos já percebemos: a Linha de Cascais precisa, com urgência, de algumas intervenções de fundo. Em causa está, não só o conforto dos passageiros, mas também a segurança dos mesmos.
Como aspectos fundamentais a melhorar, para além das carruagens, os utentes apontam os horários, o conforto nas estações e o esquema de bilhética, principalmente na estação do Cais do Sodré, como os os principais problemas a resolver.
Relembre-se que apesar da gestão da Linha de Cascais estar a cargo do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, liderado pelo Ministro Pedro Marques, a Câmara Municipal de Cascais está na disposição de, caso o Governo não consiga dar resposta às necessidades, assumir a gestão da linha, com o compromisso de a modernizar, torná-la mais ecológica e com preços mais acessíveis aos utentes.