No passado sábado, dia 17 de Março, um grupo de cidadãos,
aparentemente independentes mas apoiados pelo Bloco de Esquerda, pelo Partido
Comunista, pelo Partido Socialista e por ex-membros das listas da coligação
JPP/PDR, organizaram uma manifestação contra a construção nos terrenos na
Quinta do Ingleses, em Carcavelos. Mais uma vez, as expectativas criadas nas
redes sociais não corresponderam à adesão, ficando muito aquém do previsto.
Na pequena marcha, os 50 elementos, entre guarda-chuvas e
cartazes, gritavam timidamente contra uma construção que foi aprovada em 2014,
num terreno privado, onde a construção é permitida há mais de 60 anos.
Esta manifestação, convocada nesta altura, não faz grande sentido,
pois não se prevê que haja evoluções contrárias à construção. Caso a autarquia
cascalense, entrasse no jogo dos “independentes” e não permitisse o
empreendimento, a CMC seria condenada, por desrespeito aos direitos consignados
ao privado, a pagar uma indemnização superior a 260 milhões de euros.
Segundo o Plano de Pormenor, que pode ser consultado (aqui),
o novo empreendimento, para além de espaços habitacionais e de comércio, terá
várias valências públicas, como: uma Escola Primária, dois campos desportivos
(um deles com bancada), vasto equipamento cultural, um centro paroquial com
centro de dia, um centro de treinos gímnico, uma incubadora de jovens empresas
e uma zona de estacionamento de apoio à praia.
Para Carcavelos, para além deste empreendimento, a Câmara
Municipal já anunciou um dos maiores parques urbanos do concelho, que terá mais
de 20 hectares de espaços verdes.