No passado dia 9, sábado, no Congresso da Associação Nacional de Municípios de Portugal (ANMP), Carlos Carreiras assumiu a sua frustração com o baixo desempenho da ANMP e como a descentralização tem sido gerida pelos vários governos, sugerindo, por isso, um novo modelo como alternativa ao ineficaz formato.
Foi em Portimão que o Presidente da CM de Cascais cessou as suas funções como Presidente da Mesa do Congresso da ANMP. Nas palavras de despedida, Carreiras, que sai por sua vontade, assumiu que o faz para se "dedicar em exclusivo a Cascais".
Mas nem só de despedidas se fez o discurso de Carlos Carreiras. O edil de Cascalense endereçou duras criticas à forma inerte como a ANMP tem actuado e à gestão dos vários governos, com destaque ao actual, que acusa de andar "para trás e para o lado", no que toca à descentralização e ao constante incumprimento da Lei das Finanças Locais.
Mas como "para grandes males grandes remédios", Carreiras apresentou um modelo a que chamou "G15+15 Municipal" que será composto, caso avance, pelas 15 autarquias com mais de 150 mil habitantes e pelas 15 capitais de distrito.
Este grupo "informal" não terá a função de criar uma força paralela à ANMP, mas sim criar soluções de entendimento para que a descentralização seja de uma uma realidade e para que a Lei das Finanças Locais seja aplicada.
