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Foi formalizado um Acordo de Colaboração entre Cascais e várias entidades parceiras – Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação do Estoril, NOVA Medical School e Ribera Care Portugal – com o objetivo de criar Unidades de Saúde Familiar (USF) Modelo C no concelho, ao abrigo do novo regime jurídico em vigor desde 2024.
Durante a apresentação da proposta, o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, contextualizou esta iniciativa no quadro da estratégia de longo prazo desenvolvida pela autarquia na área da saúde pública, recordando o compromisso estabelecido com o Governo durante o mandato do então Ministro Adalberto Campos Fernandes, que previa a construção de três unidades de saúde pelo Município, ficando a cargo do Ministério da Saúde a colocação de profissionais e o fornecimento dos respetivos equipamentos.
As intervenções já concluídas – ampliação do Centro de Saúde de São Domingos de Rana e construção do novo edifício do Centro de Saúde de Carcavelos – encontram-se em pleno funcionamento. O novo Centro de Saúde de Cascais encontra-se em fase final de obra, estando prevista a sua inauguração para o final de setembro ou início de outubro, logo após a realização das eleições autárquicas, de forma a garantir a necessária neutralidade institucional.
Na zona de Cascais-Estoril, a resposta em cuidados de saúde será assegurada por duas estruturas complementares: o novo Centro de Saúde de Cascais e a manutenção parcial da unidade atualmente existente, que passará a funcionar como extensão do Centro de Saúde de São João do Estoril, com capacidade para cerca de 10.000 utentes atualmente sem médico de família atribuído.
Será ainda criada uma resposta de proximidade na freguesia de Alcabideche, mediante a reconversão de parte das instalações da antiga Escola de Alvide. Estes espaços, cedidos temporariamente à NOVA Medical School, foram anteriormente utilizados como refeitório no contexto do acolhimento de emergência de cidadãs ucranianas e respetivos filhos. O novo equipamento de saúde permitirá servir cerca de 5.000 utentes ainda sem cobertura médica adequada.
Durante o período de transição, foi implementado o projeto Bata Branca, uma parceria entre o Município, a ARS-LVT (atualmente CSS), a Santa Casa da Misericórdia de Cascais e o ACES de Cascais, que assegurou o acesso a cuidados de saúde por parte de munícipes sem médico de família, mediante referenciação pelas unidades da área de residência. Esta solução inovadora foi amplamente reconhecida pela sua eficácia e impacto positivo.
Com este conjunto de medidas, o Município de Cascais pretende alcançar, até ao final de 2025, a cobertura integral de médico de família para todos os residentes – um objetivo ambicioso que poderá posicionar Cascais na linha da frente dos serviços públicos de saúde em Portugal.
