Desde Março - o mês em que se começaram a registar casos da COVID-19 em Portugal - as câmaras municipais do país despenderam mais de 30 milhões na resposta à pandemia. Exactamente 30.601.097 milhões, segundo os dados avançados pelo Diário de Notícias a partir dos contratos públicos disponibilizados na plataforma Portal Base.
As câmaras municipais de Cascais, Oeiras, Lisboa, Vila Nova de Gaia e do Porto foram as que mais dinheiro despenderam nos últimos seis meses — com a maioria do investimento a concentrar-se na Área Metropolitana de Lisboa: 18.426.686 milhões de euros. Cascais foi o município que gastou mais: 4.353.539,13 milhões de euros, 14% do total. Segue-se o município de Oeiras, que gastou 3.280.852,39 milhões euros, Lisboa com 3.341.083,6 milhões gastos, Vila Nova de Gaia com 1.671.058 e o Porto com 1.326.947.
De acordo com a análise, a maioria dos investimentos está ligada directamente à área da saúde - compra de equipamentos de protecção individual e para hospitais, testes à COVID-19 e contratação de serviços de limpeza e desinfecção - especialmente nos primeiros meses da pandemia.
No entanto, há também vários contratos na na área social, educativa, na vigilância e na divulgação das medidas de prevenção, onde se destaca, por exemplo, a preocupação das câmaras, nos primeiros meses da pandemia, em adquirir computadores e serviços de internet móvel não só porque muitas pessoas tiveram de ficar em tele-trabalho, mas também como forma de diminuir as desigualdades no ensino.